Renault 1093

Em 1964 a Renault lança no Brasil o 1093, derivado do Gordini, mas de apelo mais esportivo.

Apesar do que o nome sugere, o 1093 mantinha o mesmo motor de 845 cm3 do Gordini, porém com carburador de duplo corpo, novo comando de válvulas com uma taxa de compressão maior, o que garantia uma potência de 53 cv, mas demandava o uso de gasolina azul, de maior octanagem. O 1093 incorporava também volante esportivo, conta-giros montado no painel, suspensão rebaixada e um escapamento menos restritivo.

O Gordini e o 1093 estiveram em corridas de pistas, ralis e raids na década de 60. Em 1964 o Nordeste viu o Gordini ficar com o 1º e 2º lugares na prova Circuito Força Livre, em Recife. Dois 1093 também fizeram a dobradinha em Brasília, em maio. Seu êxito cruzou a fronteira e foi ao Uruguai, em Rivera, vencer carros de maior cilindrada no Campeonato Sul Americano. No final do ano, naquele país, sagrou-se campeão na categoria. Durante a temporada de 1964, estabeleceu 133 recordes em Interlagos, sendo 54 locais, 54 nacionais e 25 internacionais. Com um 1093 Émerson Fittipaldi venceu uma de suas primeiras provas, no circuito da Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, na categoria Estreantes. Outros pilotos de renome nacional estiveram ao volante do carrinho, como Luiz Antônio Greco, Eduardo Scuracchio, Christian Heins, Wilson Fittipaldi Jr. e Francisco Lameirão. Em 1965, dividindo um 1093, Luiz Pereira Bueno e José Carlos Pace venceram a 1.600 Quilômetros de Interlagos, uma das provas mais longas e importantes do calendário brasileiro. Chegaram automóveis mais modernos, potentes e aerodinâmicos, mas o carrinho deixou sua marca.

Apenas 721 unidades do Renault 1093 foram produzidas entre 1964 e 1965, sendo uma boa parte delas destinada às competições.
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