Filho de um empresário suíço, Mario Richard Hofstetter apresentou em 1984 um supercarro surpreendente: inspirado no conceito italiano Bertone Carabo, a carroceria de fibra de vidro era moldada em perfil de seta, com frente em cunha, faróis escamoteáveis, portas "asa de gaivota" (abertura vertical) com vidros fixos e janelas corrediças (os 18 primeiros modelos não tinham) e grandes tomadas de ar. Sua mecânica também era interessante: chassi tubular próprio, tipo espinha dorsal e motor central VW Gol GT com turbina Garret. O interior era de carro de luxo: painel completo com manômetros de óleo e do turbo e instrumentos digitais, revestimento de couro e camurça, ar-condicionado, e exaustor que se liga automaticamente quando o cinzeiro é aberto. A partir de 1988, o Hofstetter passa a utilizar o motor do Santana, com turbo e intercoler, potência 210 cv, velocidade final 236 km/h, e um imenso aerofólio traseiro. Fabricado artesanalmente, era um esportivo caro: custava quase 4 Escort XR3. E exclusivo: Mario Hofstetter queria produzir 30 carros por ano, mas construiu apenas 20 modelos entre 1986-91. Assim como a grande maioria dos fora-de-séries nacionais, não resistiu a concorrência dos modelos importados.